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Padre Nelson Antonio Romão

  • Foto do escritor: Portal Rádio Cidade
    Portal Rádio Cidade
  • 12 de nov.
  • 4 min de leitura

No dia 24 de julho de 1973, o monsenhor Nelson Antonio Romão falecia, vítima de infarto, no município de Praia Grande (SP), aos 52 anos de idade. Em férias, o Padre Nelson foi para a cidade litorânea acompanhado dos irmãos Luiz Eduardo Monteiro Fontana (Dô, atualmente padre em Pederneiras, SP) e Ana Rosa Monteiro Fontana (filhos do diácono Luiz Fontana Filho e Eulália Maria Monteiro Fontana) e de Jayme Augusto Cicogna Gimenez (Jayminho, filho de Jayme e Íride Therezinha Cicogna Gimenez).

Antes da ida para a quitinete que Padre Nelson tinha em Praia Grande, ele batizou a Giuliano Bellini Guandalini, filho de Maria Isabel e Silvio Heitor Guandalini, na manhã do mesmo dia 24, na Igreja Senhor dos Passos (bairro do Boqueirão, em Santos). Padre Nelson e os três acompanhantes almoçaram com os pais e familiares de Giuliano no Apartamento 13 do Edifício Estados Unidos, que eles tiveram no bairro de Embaré (Santos), e rumaram para o município de Praia Grande, onde naquela noite ele sofreu o infarto.

Nelson nasceu em Bariri, no dia 29 de janeiro de 1921, primeiro dos oito filhos de Frederico João Romão e Luiza Tereza Sândalo Romão, que também tiveram o monsenhor Amador, Maria Iria (irmã, freira), Anthenor, Neuza, Mafalda, Dermeval e Ana Juraci (que faleceu com oito dias de vida). Fez o Primário na Escola Paroquial (Bariri) e o Ginasial no Colégio São Norberto (Jaú), onde descobriu a vocação sacerdotal. Em 1935, ingressou no Seminário de Pirapora e quando Dom Gastão Liberal Pinto fundou o Seminário de São Carlos, lá continuou o Colegial, de 1937 a 1939.

Cursou Filosofia e Teologia no Seminário do Ipiranga, em São Paulo (Capital), e foi ordenado sacerdote na Igreja de Santa Ifigênia (São Paulo), no dia 8 de dezembro de 1946, tendo como bispo ordenante o cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, arcebispo de São Paulo. Rezou a primeira missa solene em Bariri, no dia 13 de dezembro de 1946, na Matriz Nossa Senhora das Dores, onde foi batizado. Em 1947 foi nomeado vigário de Santa Eudóxia (Distrito de São Carlos). Em fevereiro de 1950 foi nomeado vigário de Itajobi.

No dia 10 de novembro de 1950 foi nomeado pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus. No período de 1966 a 1972, mesmo sendo responsável pela Paróquia de Matão, foi o 7º Reitor do Seminário de São Carlos, onde ajudou a formar muitos novos padres para a Diocese. Ele sempre se dedicou às vocações, fundando o Serra Clube, entidade que rezava e trabalhava em prol das vocações. Fundou a Legião de Maria, Praesidium Nossa Senhora Auxiliadora em Matão, no dia 20 de setembro de 1959.

Dedicou seu ministério no atendimento aos mais necessitados, em especial aos moradores da zona rural com visitas em todas as noites para levar conforto na fé, na saúde e na caridade. Formou várias gerações de jovens que honraram e honram muitos lares como maridos e esposas e como cidadãos de bem que muito ajudam na sociedade matonense. De seu trabalho junto ao gerente da Companhia dos Ingleses, fundou a primeira creche rural do Brasil na Secção da Boa Vista.

No dia 5 de agosto de 1951, com a presença de Dom Ruy Serra, bispo da Diocese de São Carlos, fez o lançamento da Pedra Fundamental para a construção da atual Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão, que se tornou o principal marco arquitetônico e ‘cartão postal’ da cidade a partir de 1958, embora a obra fosse concluída totalmente em sua parte interna no início da década de 1960. No final de 1952, trouxe irmãs religiosas da Itália para trabalhos na Creche Santa Izabel e no Lar São Vicente de Paulo, mais tarde no Educandário Santo Antônio, que também ajudou a fundar.

Em 1956, recebeu o título de cônego. Mesmo sendo vigário em Matão, foi reitor dos Seminários Maior e Menor da Diocese. Em 16 de maio de 1966, foi nomeado monsenhor. Embora tenha recebido os títulos honoríficos de cônego e de monsenhor, sempre preferiu ser chamado de ‘padre’. Foi grande incentivador dos enfeites de rua no dia de Corpus Christi e grande divulgador dessa Celebração Eucarística em revistas de circulação nacional, quando turistas começaram a visitar Matão para participar do evento artístico e religioso.

A Câmara Municipal de Matão, em 30 de janeiro de 1966, pela Resolução nº 1/1966, lhe concedeu o título de Cidadão Matonense. O Legislativo matonense, pela Resolução nº 16/2003, criou o ‘Prêmio Monsenhor Nelson Antônio Romão de Direitos Humanos’ para reconhecer instituições e pessoas que se distinguem na luta em prol dos direitos humanos no município de Matão.

Padre Nelson trabalhou muito na formação das pessoas, em especial de crianças e jovens; na defesa da religião; na construção de capelas na cidade e na zona rural e, principalmente, na construção da atual Igreja Matriz. Também foi responsável pela fundação dos Sindicatos dos Metalúrgicos e Rural de Matão, além de ter sido professor de História e de Religião na EE ‘Henrique Morato’.

O monsenhor Nelson Romão atuou em Matão de 12 de novembro de 1950 a 24 de julho de 1973, por 22 anos e oito meses. Recebeu homenagens póstumas, como as denominações da Escola Estadual da Vila Santa Cruz; a avenida que liga a Marginal São Lourenço até a Avenida Baldan; Prédio Paroquial; Centro Educacional da Creche Santa Izabel. Seus restos mortais estão sepultados na Igreja Matriz, ao lado do Tabernáculo. Seu busto de bronze está entre as Palmeiras Imperiais defronte à igreja que ele construiu.

Revista A Comarca

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